As micro e pequenas empresas têm um papel fundamental na economia brasileira. Segundo uma pesquisa realizada pelo SEBRAE, os pequenos negócios correspondem a mais de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB).
O que você vai encontrar?
ToggleSão aproximadamente 9 milhões de micro e pequenas empresas no país que representam cerca de 27% do PIB.
Entretanto, quando resolvem investir, muitos empreendedores não se dão conta nos desafios que virão pela frente. Muitas vezes, o fato de estarem lidando com uma empresa de pequeno porte, deixa a sensação de que os problemas também serão menores.
Contudo, a situação pode ser ainda mais complexa do que nos casos de grandes empresas.
Quais os desafios para micro e pequenas empresas?
Inicialmente, o fluxo do negócio parece ser muito mais fácil e prático para os microempreendedores, mas, após algum tempo de gestão, fica fácil perceber no dia a dia as dificuldades que antes não eram identificadas.
As inúmeras exigências do fisco são problemas que afetam diretamente na adaptação da empresa no mercado, resultado também da falta de ferramentas de trabalho, por parte da empresa, que são capazes de suprir a alta demanda de obrigações impostas pela legislação.
Sendo assim, os empecilhos e as dificuldades vão se tornando muito maiores e muitos acabam não dando conta, tendo que encerrar suas atividades precocemente.
Em geral, a média de sobrevivência de uma micro ou pequena empresa no Brasil é de 5 anos, conforme dados do IBGE.
Novamente, a falta de planejamento, o excesso de burocracia para a obtenção de crédito e a alta carga tributária, estão entre as principais causas comentadas pelos empreendedores.
Isso ressalta que não se trata de apenas uma causa, mas sim todo um conjunto que contribui para o fechamento da empresa.
Para que você evite dificuldades e faça o seu negócio decolar, vamos explicar as principais dificuldades das micro e pequenas empresas e te ajudar a evitá-las.
Vamos lá!
Pouca capacitação do empreendedor
Quem não conhece Mark Zuckerberg, Sílvio Santos e Bill Gates? Esses são exemplos famosos de empreendedores que não investiram em sua capacitação.
Porém, convenhamos que esses são apenas alguns entre diversas pessoas que resolveram iniciar o seu negócio e acabaram perdendo por não investirem em conhecimento.
No início de um negócio, muitas vezes o foco está centralizado mais nas oportunidades do que no conhecimento que a área exige. Não queremos dizer que encontrar uma oportunidade não é importante, mas conhecer como a área funciona também é fundamental para saber com que está lidando.
Trabalhar em capacitação te proporciona maior segurança para lidar com as mais diferenciadas situações que surgirem na sua empresa.
A busca de conhecimentos específicos para uma formação gerencial eficiente é também muito importante, como por exemplo, o conhecimento da legislação trabalhista, da legislação tributária e de análise de mercado.
Baixo conhecimento sobre os clientes
Um dos principais objetivos do empreendedor é conseguir suprir as demandas do seu público-alvo. Porém, existe um passo a ser dado anteriormente para alcançar isso com êxito que é conhecer a fundo seu público-alvo.
Conhecer os seus clientes em potencial vai te ajudar nas tomadas de decisões dentro da empresa e também a melhorar o relacionamento com eles, ou seja, uma comunicação mais assertiva.
Essa comunicação será fundamental para as suas campanhas de lançamento de produtos e em suas estratégias de marketing, por exemplo.
Outro ponto a ser considerado é a atualização constante da base de dados dos clientes, pois isso contribui para analisar a evolução e a mudança no decorrer do tempo.
As vantagens de atualizar sempre a base de dados são muitas. Os processos internos são otimizados, especialmente aqueles que requerem contato com os clientes. Isso traz mais eficiência e é possível estabelecer uma melhor comunicação com os consumidores.
Pouco poder de negociação com fornecedores
Toda empresa precisa saber negociar com seus fornecedores, não somente o preço dos produtos, mas também a garantia de ter um estoque preparado para seu volume de vendas, seja ele fisicamente ou por um marketplace, por exemplo.
Agora, na prática, essa parceria nem sempre acaba dando tão certo. Sendo assim, sempre tenha uma estratégia definida para ser seguir com seus fornecedores, combinando prazos e preços dos produtos.
A realização de uma pesquisa também é muito importante para encontrar parceiros que não te deixem na mão. O ideal é encontrar mais de uma opção, dessa forma, caso haja problemas com um dos fornecedores, você não terá problemas com suas demandas.
Converse com pessoas que trabalham na mesma área em que você pretende abrir um negócio e procure indicações. Essa é uma boa forma de começar sem tantos riscos e seguindo um planejamento.
Falta de planejamento
É muito comum que novos empresários fiquem ansiosos para colocar a sua empresa em ação. Entretanto, manter o foco é um dos grandes desafios para que não esqueçam de um passo essencial para a sobrevivência da organização: um plano de negócios bem estruturado.
Quando não existe um direcionamento é praticamente impossível estabelecer metas e manter o negócio no caminho desejado.
No plano de negócios, o empreendedor pode obter informações preciosas que podem ser úteis para certos pontos:
- Descrição da empresa;
- investimento necessário;
- o caminho que deseja seguir com o empreendimento,
- cenário atual do mercado que a empresa está inserida;
- análise dos concorrentes.
Alta carga tributária
A alta carga tributária brasileira também gera dores de cabeça para os micro e pequenos empreendedores, mesmo muito deles sendo optantes pelo simples nacional.
Se o empresário não realizar um planejamento tributário, corre o risco de deixar de recolher algum imposto, o que levaria a ter problemas futuros com a Receita Federal ou até mesmo pagar mais do que o necessário, acarretando desperdício de dinheiro.
Por isso, é muito importante que nesse momento o empreendedor procure ajuda de contadores, pois são mais indicados para realizar esse tipo de planejamento.
Ressalta-se que cada setor de atividade tem um tipo de imposto, por exemplo, uma empresa do ramo industrial tem uma carga tributária bem menor que uma empresa do ramo de prestação de serviço. Então não hesite em procurar ajuda de um profissional da área para realizar procedimentos tributários.
Acesso a crédito
O apoio financeiro é a maior dificuldade enfrentada pelo microempreendedor brasileiro. Isso foi confirmado após uma enquete conduzida na 6° edição do evento Todos Podem Empreender, o maior encontro nacional de microempreendedores, promovido pela Aliança Empreendedora.
A linha de crédito para micro e pequenas empresas tem ficado cada vez mais limitado. Hoje, a maneira mais comum para a obtenção de crédito para PMEs é por meio de financiamento junto às instituições financeiras e é aí que começa a dor de cabeça.
No geral, as instituições financeiras nem sempre possuem linhas de crédito adequadas ou menos burocráticas para essa configuração de empresa.
Por isso, o ideal é é analisar diferentes instituições financeiras, a fim de encontrar a que melhor se adequa à sua necessidade.
DICA: Bancos de fomento, como o BNDES, são boas opções, visto que é uma instituição pública que oferece uma linha de crédito especial para micros e pequenos empresários, com taxas e prazos para pagamento convidativos não sobrecarregando o capital da empresa.
Falta de preparo na gestão
A falta de planejamento compromete o crescimento das empresas no médio e longo prazo. A realização de uma gestão eficaz é o que decide se a empresa se mantém, cresce ou sai do mercado.
Gerir o negócio de forma intuitiva é uma prática muito comum entre os micros e pequenos empresários, e também um grande perigo que pode fazer a empresa fechar as portas.
Como por exemplo, controlar o fluxo de caixa e registrar entradas e saídas de mercadoria, funções básicas de uma empresa.
Gostou das nossas dicas? Espero que você consiga aplicá-las no seu dia a dia de empreendedor a alavanque seus negócios.
Dúvidas ou sugestões, fique a vontade para comentar neste post.
Até a próxima. 🙂