Você dá a importância que o custo de capital da sua empresa merece?
O que você vai encontrar?
ToggleSe ainda não, já adianto que essa é uma das métricas mais importantes para o negócio, pois ela representa todo o custo que a empresa incorre para conseguir financiamentos.
Neste sentido, podemos afirmar que esse fator tem ligação direta com o crescimento da sua empresa e com a rentabilidade dela.
Para te ajudar a entender esse conceito, falamos sobre algumas informações essenciais que envolvem o custo de capital. Quer saber como ele pode ajudar na sua gestão financeira? Leia o artigo completo!
O que é custo de capital?
O custo de capital é uma das métricas financeiras mais importantes para as empresas, pois representa o valor que a empresa incorre para obter financiamento. Essa métrica é calculada com base no custo das fontes de financiamento utilizadas pela empresa, como empréstimos, ações e títulos.
A métrica afeta diretamente na rentabilidade da empresa, por exemplo, se um negócio usa fontes de financiamento caras, como empréstimos com altas taxas de juros, o custo de capital será maior, o que pode afetar negativamente a rentabilidade da empresa.
Entretanto, se a empresa usa fontes de financiamento mais baratas, como ações ou títulos com baixas taxas de juros, o custo de capital será menor, o que pode aumentar a rentabilidade da empresa.
Outro ponto importante é que essa métrica afeta a decisão de investimento da empresa. Se for alto, a empresa pode não estar disposta a investir em novos projetos, pois o custo de financiamento pode reduzir a rentabilidade desses projetos.
Porém, se o custo de capital for baixo, a empresa pode estar mais disposta a investir em novos projetos, pois o custo de financiamento será menor e a rentabilidade potencial pode ser maior.
Além disso, é uma medida essencial para os investidores, afinal, essa métrica ajuda a avaliar o risco de investir em uma determinada empresa.
Por exemplo, se o custo de capital for alto, isso pode indicar que a empresa tem dificuldade em obter financiamento ou que as fontes de financiamento disponíveis são caras, o que pode tornar o investimento na empresa mais arriscado.
Por outro lado, se o custo de capital for baixo, isso pode indicar que a empresa tem uma base sólida de financiamento e pode ser um investimento mais seguro.
Como funciona o custo de capital de uma empresa?
É importante entender essa métrica como funciona, pois isso afeta as decisões financeiras que a empresa toma.
Existem dois tipos principais de financiamento para uma empresa: financiamento por dívida e financiamento por capital próprio.
A dívida é dinheiro emprestado que deve ser pago com juros. O capital próprio é o dinheiro investido pelos proprietários da empresa, que não precisa ser pago de volta, mas eles têm direito a uma parte dos lucros.
O custo de capital de uma empresa é calculado com base no valor desses dois tipos de financiamento. O valor da dívida é o valor dos juros pagos aos credores, enquanto o custo do capital próprio é o valor de oportunidade dos investidores, ou seja, o que eles poderiam ganhar investindo em outro lugar.
A fórmula para calcular o custo de capital de uma empresa é a seguinte:
Custo de capital = (custo da dívida x proporção da dívida) + (custo do capital próprio x proporção do capital próprio)
A proporção da dívida e do capital próprio é calculada dividindo o valor da dívida ou do capital próprio pelo valor total da empresa.
Como o valor de capital é definido?
O custo de capital é um reflexo da taxa de juros e do risco associado aos recursos utilizados para financiar a empresa, seja por meio de dívida ou capital próprio. Entendendo esses dois conceitos, é preciso compreender que ele é definidio pela combinação desses dois componentes, que são calculados separadamente.
O custo da dívida é a taxa de juros paga pela empresa aos seus credores. Esta taxa é definida pelo risco associado à dívida, ou seja, a probabilidade de a empresa não conseguir pagar suas dívidas.
Empresas com baixo risco de crédito geralmente têm taxas de juros mais baixas do que empresas com alto risco de crédito. A taxa de juros de uma dívida também segue as condições econômicas, políticas e do mercado em geral.
Já o custo do capital próprio envolve o risco associado aos investidores. É o retorno mínimo que os investidores esperam para investir em uma empresa.
Esse retorno acontece por vários fatores, incluindo as condições econômicas, políticas e do mercado em geral, bem como as perspectivas futuras da empresa. Além disso, o impacto dessa métrica também pode acontecer pelas preferências dos investidores, como o grau de risco que eles estão dispostos a assumir.
Como citamos anteriormente, calculamos o custo de capital como uma média ponderada do valor da dívida e do custo do capital próprio.
O peso dado a cada componente segue a proporção da dívida e do capital próprio na estrutura de capital da empresa. Essa estrutura é uma combinação de dívida e capital próprio que a empresa usa para financiar suas atividades.
Tipos de custo de capital
Existem mais de um tipo de custo de capital para empresas, sendo os principais o próprio e de terceiros.
Custo de capital próprio
O custo de capital próprio é importante porque afeta diretamente o valor de mercado da empresa e sua capacidade de levantar capital no mercado de ações. Neste sentido, as empresas podem usar essa métrica como uma referência para avaliar se um projeto é viável financeiramente e se é capaz de gerar retornos que excedem o custo de capital próprio.
Se o retorno do projeto for maior, o projeto pode ser considerado viável. Caso contrário, pode não ser financeiramente atraente e não justificar o investimento.
Por esse motivo, o custo de capital próprio é um fator crítico na tomada de decisões financeiras da empresa, pois influencia diretamente o valor de mercado da empresa e o valor total de capital.
O cálculo segue o modelo de precificação de ativos financeiros, também conhecido como Modelo CAPM (Capital Asset Pricing Model).
Este modelo considera vários fatores, incluindo a taxa livre de risco, o prêmio de risco de mercado e o beta da empresa. O beta é uma medida da volatilidade do retorno da ação em relação ao mercado como um todo. Quanto maior o beta, maior o custo de capital próprio.
Outra maneira de calcular o custo de capital próprio é a abordagem do dividendo descontado. Essa abordagem considera que o preço das ações reflete o valor presente dos fluxos de caixa futuros esperados da empresa.
Neste caso, o método em questão envolve a previsão dos fluxos de caixa futuros da empresa e a aplicação de uma taxa de desconto para determinar o valor presente desses fluxos de caixa.
Custo de capital de terceiros
O custo de capital de terceiros também é uma métrica importante na tomada de decisões financeiras da empresa, pois influencia diretamente o custo total de capital e o risco financeiro do negócio.
Neste sentido, nós baseamos o cálculo do custo de capital de terceiros na taxa de juros que a empresa paga pelos empréstimos.
A taxa de juros pode ser fixa ou variável e é influenciada por vários fatores, incluindo a qualidade de crédito da empresa, as condições econômicas e o perfil de risco do setor em que a empresa opera.
Uma das maneiras de calcular o custo de capital de terceiros é através do valor médio ponderado de capital (WACC). O WACC leva em consideração tanto o custo de capital próprio quanto o de terceiros e representa a taxa de retorno que a empresa precisa gerar para atender aos interesses de seus acionistas e credores.
Como calcular o custo de capital?
Descubra a seguir duas maneiras de como calcular o custo de capital da sua empresa.
1. Como calcular custo de capital próprio
Como falamos anteriormente, calcular o custo de capital próprio é fundamental para avaliar a viabilidade de projetos de investimento e tomar decisões financeiras estratégicas.
Neste sentido, para calcular essa métrica você precisa levar em consideração o risco associado ao investimento na empresa. Isso pode ser feito por meio do modelo CAPM (Capital Asset Pricing Model), que relaciona o risco do investimento ao retorno esperado pelos investidores.
O modelo CAPM é baseado na fórmula:
Ks = Rf + β*(Rm – Rf)
Onde:
Ks: custo de capital próprio
Rf: taxa livre de risco, que pode ser obtida a partir de títulos públicos ou outros investimentos seguros
β: coeficiente beta, que mede o risco do investimento em relação ao mercado como um todo
Rm: taxa de retorno esperada do mercado como um todo
Para calcular o β, utilize os dados históricos de retornos de mercado e de ações da empresa.
Estudos de mercado ou análises de especialistas podem fornecer a taxa de retorno esperada do mercado.
Além disso, é preciso levar em consideração também o custo de emissão de ações, que inclui taxas de transação, custos legais e outros gastos associados à emissão de ações.
É importante lembrar que o cálculo do custo de capital próprio é apenas uma estimativa e pode variar ao longo do tempo. Por esse motivo, recomenda-se revisar regularmente as estimativas e atualizar os dados utilizados no cálculo.
2. Como calcular custo de capital de terceiros
O cálculo de terceiros é diferente, baseando-se na taxa de juros que a empresa paga em seus empréstimos e dívidas.
Para calcular essa taxa, a empresa deve levar em consideração alguns fatores:
- Taxa de juros do mercado: esse é o custo médio que outras empresas pagam pelos seus empréstimos. A empresa pode pesquisar a taxa de juros do mercado em fontes financeiras confiáveis, como sites especializados em finanças e economia.
- Risco de crédito da empresa: o risco de crédito da empresa é avaliado por meio de sua classificação de crédito (rating) emitida por agências de crédito. Empresas com classificação de crédito alta tendem a pagar taxas de juros mais baixas do que as empresas com classificação de crédito baixa.
- Custo de emissão de dívida: o custo de emissão de dívida inclui taxas de transação, custos legais e outros gastos associados à emissão de títulos ou empréstimos bancários.
A fórmula para calcular o custo de capital de terceiros é:
Kd = i * (1 – T)
Onde:
Kd: custo de capital de terceiros
i: taxa de juros nominal da dívida
T: taxa de imposto de renda
A taxa de imposto de renda deve ser levada em consideração no cálculo, pois as empresas podem deduzir as despesas com juros em suas declarações fiscais, o que reduz o custo real da dívida.
Como facilitar a gestão?
A gestão dessa métrica é fundamental para qualquer empresa que queira maximizar seu valor e rentabilidade.
Entretanto, muitas empresas enfrentam desafios na hora de gerenciar seus custos de capital, o que pode resultar em decisões equivocadas e prejuízos financeiros. Para te ajudar, elencamos algumas maneiras de facilitar a gestão:
- Compreenda os componentes: é composto pelo custo de capital próprio e pelo custo de capital de terceiros. Entender esses componentes e calcular como eles influenciam nas despesas é fundamental para gerenciar os gastos de forma eficiente.
- Mantenha registros financeiros precisos: Manter registros financeiros atualizados e precisos é importante para avaliar o desempenho financeiro da empresa e identificar oportunidades de redução de custos.
- Mantenha um bom relacionamento com investidores e financiadores: Manter um bom relacionamento com investidores e financiadores é fundamental para obter financiamentos com taxas de juros mais baixas e prazos de pagamento mais longos. Isso pode ajudar a reduzir o custo de capital da empresa.
- Utilize ferramentas de gestão financeira: como planilhas e softwares, para monitorar o desempenho financeiro da empresa e identificar oportunidades de redução de custos.
- Diversifique as fontes de financiamento: Diversificar as fontes de financiamento da empresa pode ajudar a reduzir o risco financeiro e obter financiamentos com taxas de juros mais baixas. Além disso, isso pode ajudar a manter um bom relacionamento com os financiadores.
- Analise os riscos financeiros: Analise os riscos financeiros a que a empresa está exposta, tais como flutuações cambiais, risco de crédito e risco de mercado, e tome medidas para mitigá-los.
- Faça uma análise de viabilidade dos projetos: Antes de investir em um projeto, faça uma análise de viabilidade para avaliar o custo e o retorno do projeto. Isso pode ajudar a identificar projetos inviáveis e reduzir o risco financeiro da empresa.
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