O mundo está em constante mudança no que diz respeito aos nossos hábitos de consumo e vivência. Atualmente, estamos em um processo de implementação da sustentabilidade para reduzir, gradativamente, os efeitos das nossas ações no meio ambiente.
No empreendedorismo não poderia ser diferente. Seja por pressão popular ou por consciência ambiental, muitos empreendedores estão buscando opções sustentáveis para colocar seus projetos em prática.
Na construção civil, por exemplo, um exemplo de sustentabilidade é Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, que passou a utilizar usina solar fotovoltaica como fonte de energia renovável. No setor de varejo, muitas empresas vem demonstrando preocupação com a qualidade dos seus produtos, optando por mercadorias cuja fabricação não tenha interferido gravemente no meio ambiente.
Leis de incentivo
Ao redor do país surgiram ações governamentais para incentivar as empresas sustentáveis. Em São Vicente (SP), por exemplo, foi decretada a Lei 634 para a redução de IPTU para imóveis residenciais e comerciais, como casas, edifícios, condomínios, bem como obras de ampliação e reformas que estejam dentro dos critérios de sustentabilidade como: a utilização de materiais verdes (ex: tijolos ecológicos), redução do consumo de energia elétrica através da implantação de sistemas para captação de energia solar, redução no consumo de água, entre outras ações.
Entretanto, as leis de “incentivo fiscal” não são mais do que a adequação das empresas às novas regras ambientais, como a priorização pelo uso de materiais biodegradáveis, recicláveis e reutilizáveis. De forma geral, essas leis não são completamente satisfatórias por conta do excesso burocrático e formalização.
Certificações
Além dos incentivos fiscais, os empreendedorismos sustentáveis passam por um sistema de avaliação para o recebimento de certificações de acordo com sua especificidade. O objetivo é valorizar as empresas que se preocupam com o futuro e com os impactos ambientais causados pelas ações do homem.
As certificações são classificadas em:
Orgânicas: para empresas que trabalham com produtos orgânicos
De madeira: para empresas que trabalham de forma sustentável em relação à madeira
Comércio justo: para trabalhadores e produtores que estão à margem da sociedade
Produtos não transgênicos: para empresas que trabalham com alimentação humana ou animal
Como ser uma empresa sustentável
Com a implantação do ISO 14001, muitos empreendedores mudaram suas atitudes em relação ao meio ambiente, procurando aplicar os requisitos da norma em suas empresas. O ISO 14001 é um Sistema de Gestão Ambiental para desenvolver e praticar políticas e metas ambientalmente sustentáveis nas organizações.
No entanto, não é preciso ter o ISO 14001 implantado para tornar-se uma empresa sustentável. Pequenas atitudes no cotidiano da empresa contribuem para o seu diferencial no mercado e para a consciência ambiental como a redução do consumo de papel, o uso de canecas ao invés de copos de plástico, redução no consumo de água, opções mais saudáveis para o consumo de luz (como as lâmpadas LED), separação do lixo e a utilização de pontos de coleta, entre outras práticas.
A importância em adotar práticas sustentáveis nas empresas é uma “tendência” que progressivamente está se enraizando na cultura empresarial. Alinhar a cultura do seu negócio com a retomada da consciência ambiental não apenas resulta em um maior destaque e um melhor posicionamento no mercado como também estimula o interesse do público para a preservação do meio ambiente.
