Um bom motivo para se tornar empreendedor é enxergar uma oportunidade em um mercado ainda não explorado. Seja por uma circunstância de lugar: um bairro que não tinha um ramo específico de comércio, ou por criar algo realmente novo. Mas mesmo que a solução seja extremamente inovadora, você já parou para pensar que antes de você visualizar essa oportunidade essa ideia já existia de alguma maneira?
Para exemplificar. Você deve conhecer a GoPro, fabricante de câmeras de ação. Ela atua em um segmento que não é necessariamente novo, afinal, câmeras de vídeo existem há pelo menos 30 anos. Por que então ela se destacou, está em ascensão e hoje vale bilhões de dólares?
Porque ela trouxe algo novo, mesmo se inserindo em todo um segmento que já existia. Ela não concorreu com os fabricantes tradicionais em busca de mais megapixels ou de uma nova tecnologia de gravação. Ela apresentou um diferencial. Hoje é uma marca que representa um estilo de vida e conseguiu reunir adeptos de vários esportes, além de muitas pessoas comuns. O mesmo pode ser dito da Beats (segmento de fones de ouvido), Starbucks (cafeterias), Google (pesquisadores).
Sua empresa tem as mesmas ferramentas que seus concorrentes. Por que utilizar a mesma estratégia se você já sabe o resultado?
Claro que ninguém reinventa a roda. Algumas estratégias são comuns. Investimento em marketing e qualificação dos colaboradores, por exemplo, não são diferenciais, fazem parte dos requisitos básicos do jogo. O que, então, essas empresas fizeram que as tornaram líderes de mercado?
Inovaram. Fizeram o essencial e adicionaram características que as tornaram únicas. Criaram necessidades. Agregaram algo. Introduziram-se na cultura de seus consumidores.
Você não precisa concorrer com os seus rivais. Você pode oferecer uma inovação que de alguma forma cative mais seu público alvo e por consequência torne a sua empresa a referência. Tornar o seu concorrente irrelevante e ultrapassado, sem necessariamente utilizar as mesmas armas que ele.
O Oceano Azul, teoria criada pelo Instituto Europeu de mesmo nome sugere focar em quatro estratégias para se alcançar esse objetivo:
Eliminar – Reduzir – Elevar – Criar
Eliminar – quais atributos competitivos da sua empresa devem ser eliminados? É importante eliminar todos aqueles onde há muita competição no mercado, os que, de tanto serem explorados, não são determinantes de compra. Também avaliar quais sofreram alguma alteração por parte do consumidor, que não são mais valorizados por ele, e que não irão fazer diferença na escolha do produto ou serviço.
Reduzir – quais atributos competitivos da minha empresa devem ser reduzidos? Avalia-se neste item se o seu produto ou serviço está supervalorizado, se a sua empresa está perdendo tempo trabalhando em cima deles. Outro ponto é avaliar se os custos desse produto ou serviço aumentaram sem a contrapartida de ganho.
Elevar – quais atributos competitivos devem ser elevador bem acima dos padrões? Neste ponto lista-se os atributos relevantes que geram rentabilidade para a empresa e o desejo de compra do consumidor.
Criar – quais atributos nunca oferecidos pelo segmento da sua empresa, devem ser criados? Aqui, é necessário encontrar atributos relevantes para os consumidores que nunca foram explorados por outras empresas do seu setor. Aqueles atributos que irão fazer a diferença na escolha do seu produto ou serviço, que “saltarão aos olhos” dos consumidores por se depararem com algo inusitado.
Seguir esta estratégia, especialmente o último tópico, pode fazer sua empresa sair de uma ideia colocada em prática e transformada em empresa para se tornar um novo player regional ou global em seu mercado de atuação.
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