Montar um negócio envolve, além da criatividade, investimento e experiência. Porém, quando você não tem os dois últimos, a ajuda necessária pode vir de outro elemento: o investidor anjo.
O que você vai encontrar?
ToggleTermo surgido nos Estados Unidos, “investidor anjo” é utilizado para denominar pessoas que investiam peças teatrais na década de 20.
Acompanhe nosso artigo para entender como funcionam os investidores anjo.
Quem é o investidor anjo?
O investidor anjo pode ser alguém próximo, um amigo ou familiar, mas, antes de tudo, é um (ex)empresário ou executivo bem-sucedido e empreendedor que investe seus recursos próprios no desenvolvimento de uma startup em potencial.
Essas pessoas aplicam não apenas seu dinheiro como também sua experiência, conhecimento e networking em empresas com potencial de crescimento e posicionamento.
Os investimentos
De acordo com a Anjos do Brasil, organização sem fins lucrativos de fomento ao investimento anjo e empreendedorismo de inovação, o investidor anjo investe entre 5% e 10% do seu patrimônio nas empresas emergentes. Em uma empresa, o investimento é feito por um grupo de 2 a 5 investidores, sendo que 1 ou 2 são escolhidos para serem os “investidores-líderes” com o intuito de agilizar o processo.
Sendo assim, o investimento total em uma empresa pode chegar até R$1 milhão (levando em consideração que os investimentos iniciais podem ser entre R$200 mil a R$500 mil).
A importância do investidor anjo
Em um momento de transição econômica, a figura do investidor anjo promove a cultura empreendedora ao apostar em empresas inovadoras e com grandes chances de prosperar no mercado, contribuindo, enfim, para as atividades econômicas do país.
Muitas empresas famosas chegaram ao seu status graças à união das mentes empreendedoras com a dos investidores anjos. O Dropbox, serviço de armazenamento de dados em nuvem, por exemplo, conta com os recursos investidos pelo líder da banda irlandesa U2, Bono Vox.
Outro caso muito famoso é a da gigante da tecnologia: a Apple. Todos conhecem e o nome de Steve Jobs e Steve Wozniak, fundador e co-fundador, respectivamente, certo? Mas poucos sabem do terceiro elemento que contribuiu (e muito) para o desenvolvimento de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. Mike Markkula, o investidor anjo da Apple, é ex-gerente da Intel e aplicou seu dinheiro e experiência durante 20 anos.
O investidor anjo nas leis brasileiras
Apesar de servirem de “conselheiros” para as startups, a figura do investidor anjo foi juridicamente regulamentada na Lei Complementar 155/16. Sancionada pelo presidente Michel Temer, os artigos 61-A, 61-B, 61-C e 61-D tratam da definição, extensão e limites da atuação do investidor-anjo em uma empresa.
De acordo com os artigos, os investidores-anjo não são considerados sócios, tão pouco tem qualquer direito a gerência ou voto na administração da empresa. O investidor-anjo também não responde por qualquer dívida da empresa, nem mesmo em casos de recuperação judicial.
Apesar de polêmica, as novas medidas sancionadas garantem maior segurança jurídica para os investidores que, não sendo considerados sócios, não terão seus patrimônios afetados em caso de recuperação judicial e falência.
Conclusão
Como pudemos analisar, o investidor-anjo é uma figura de muita importância no processo de desenvolvimento de uma empresa. Atraí-los é questão de ter uma boa e estruturada ideia, um objetivo definido e, principalmente, que tenha a solução para um problema.
No Brasil existem organizações formadas por executivos das mais variadas áreas que se juntam para conhecer e investir em startups. Aproveite para pesquisar e apresentar a sua ideia para a pessoa certa! Ah, não esqueça de preparar um bom elevator pitch, ok?
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