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Controle patrimonial: saiba a diferença entre ativo fixo e ativo circulante

Tempo de Leitura: 6 minutos
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Quando se trata de administrar um negócio, é fundamental entender os conceitos financeiros e tributários do universo empresarial! E um desses conceitos é o controle patrimonial, uma atividade importante para manter a organização financeira e fiscal de qualquer negócio.

Afinal, é essencial para qualquer gestor de empresa ter o controle organizado de tudo o que pertence ao negócio, como os equipamentos, móveis, investimentos, dinheiro e até mesmo os bens usados para realizar atividades, como o carro da empresa, por exemplo. Isso é o que chamamos de “patrimônio” da empresa.

Então, o controle patrimonial é a gestão desses bens da empresa, ou seja, é como você, empreendedor, mantém um registro organizado de todas as coisas que pertencem ao negócio.

Além de ajudar a própria organização da empresa, o controle patrimonial é essencial para manter uma boa gestão financeira, além de facilitar a declaração de imposto de renda, evitando problemas e prejuízos. 

Alguns conceitos contábeis podem parecer complexos à primeira vista, principalmente para aqueles que ainda estão se familiarizando com a área. Além de entender o que é controle patrimonial, dentre desse mesmo universo existem dois termos importantes: ativo fixo e circulante. 

O que é controle patrimonial?

O controle patrimonial é um método para acompanhar e organizar todos os bens, recursos e valores que uma empresa possui

É como um inventário detalhado que abrange tudo que está sob domínio do CNPJ, mas que vai além de simplesmente listar itens, o controle patrimonial proporciona uma visão clara de como esses ativos são usados para gerar valor.

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Ao fazer ou analisar o controle patrimonial de uma empresa, provavelmente você vai se deparar com dois conceitos importantes: os ativos fixos e circulantes.

O que são os ativos?

Na área de economia quando alguém fala em ativos, esta pessoa está fazendo referência aos bens e direitos que as empresas possuem. 

Tudo que tem valor monetário para o negócio e está sob seu controle – seja tangível ou não – e que se espera gerar benefícios econômicos a curto, médio ou longo prazo se enquadra nessa categoria. Esta definição compreende desde o mobiliário até a marca do empreendimento.

Com isso, existem duas classificações principais para os ativos: fixos e circulantes.

O que são ativos fixos?

Também chamado de ativo imobilizado ou não circulante, um ativo fixo consiste em bens permanentes que são fundamentais para o funcionamento da empresa e que não podem ser convertidos em dinheiro de forma imediata, ou seja, possuem menos liquidez. 

Os ativos fixos são bens duráveis como imóveis, móveis, máquinas, veículos e materiais de escritório, por exemplo. 

Ativos tangíveis e intangíveis

Quando se trata da classificação de ativos fixos ainda existe a divisão entre ativos tangíveis e intangíveis:

  • Ativos Tangíveis: tratam-se de bens palpáveis, que possuem materialidade, como mobília, equipamentos e prédios, por exemplo.
  • Ativos Intangíveis: são os objetos abstratos, aqueles que não podem ser tocados, sendo representados por direitos de ordem jurídica ou econômica. Direitos de patentes e nomes, por exemplo, são um tipo de ativo fixo intangível.

Principais componentes dos ativos fixos

  1. Ativos imobilizados: são os bens tangíveis usados na operação do negócio por um período prolongado. Isso inclui propriedades, equipamentos, máquinas, veículos, instalações e terrenos.
  2. Ativos intangíveis: são bens não físicos, mas que possuem valor econômico para a empresa. Exemplos incluem patentes, marcas registradas, direitos autorais, softwares, concessões e licenças.
  3. Investimentos de longo prazo: são investimentos que a empresa faz com a intenção de mantê-los por um período superior a um ano. Isso pode incluir aquisição de ações de outras empresas, participação em empreendimentos conjuntos e títulos de longo prazo.
  4. Ativos financeiros de longo prazo: são valores a receber ou investimentos financeiros que não são esperados para serem realizados em dinheiro no curto prazo. Isso pode envolver empréstimos concedidos a terceiros ou investimentos em títulos de longo prazo.
  5. Ativos diferidos: são despesas pagas antecipadamente que têm benefícios econômicos futuros. Exemplos incluem despesas de organização, despesas pré-operacionais e aluguel antecipado.
  6. Depósitos e cauções: valores pagos como garantia ou segurança em contratos ou transações. Normalmente, esses valores são recuperáveis após o término do contrato.
  7. Recursos naturais e minerais: ativos relacionados a recursos naturais, como jazidas de minerais ou reservas de petróleo, que possuem valor econômico e são explorados ao longo do tempo.
  8. Ativos para venda a longo prazo: ativos que a empresa planeja vender no futuro, mas que não são destinados à venda imediata. Eles são classificados como não circulantes até serem vendidos.

O que são ativos circulantes?

Os ativos circulantes são todos os itens do negócio que apresentam alta liquidez, que é a possibilidade de serem transformados em dinheiro de forma rápida e eficaz. 

São os bens ou direitos que podem ser convertidos em dinheiro no curto prazo, geralmente dentro do período fiscal da empresa que é de até 12 meses.

São exemplos de ativos circulantes:

  1. Estoque: itens de produção ou mercadorias prontas para serem vendidas.
  2. Estoques em trânsito: mercadorias ou produtos que estão em processo de serem transportados da fonte para o destino final.
  3. Matérias-primas: recursos utilizados na produção.
  4. Dinheiro em caixa: recursos financeiros imediatamente disponíveis.
  5. Aplicações financeiras de curto prazo: investimentos que podem ser rapidamente convertidos em dinheiro.
  6. Contas a receber de curto prazo: valores devidos pelos clientes no curto período.
  7. Adiantamentos a fornecedores: valores adiantados à empresa por seus clientes como garantia de entrega de produtos ou serviços. Eles são considerados ativos circulantes, pois são esperados para serem utilizados no curto prazo.
  8. Despesas antecipadas: pagamentos realizados antecipadamente por despesas que serão incorridas no futuro. Exemplos incluem seguros pré-pagos e aluguel antecipado.
  9. Ativos financeiros de curto prazo: investimentos temporários em títulos e valores mobiliários que podem ser convertidos em dinheiro em um curto espaço de tempo.

Como saber se um ativo é circulante?

Imagine que a empresa necessita de recursos financeiros imediatos. O que você faria para obter esse dinheiro? Retiraria do caixa, venderia estoque, anteciparia recebíveis? Todas as ações que você mencionaria – aquelas que podem ser facilmente transformadas em dinheiro a curto prazo – constituem o ativo circulante.

Tipos de ativos circulantes

Dentro dos ativos circulantes temos três categorias distintas: líquido, cíclico e operacional.

  1. Ativo circulante líquido: também conhecido como ativo financeiro, esse tipo engloba os recursos imediatamente disponíveis para cobrir despesas e obrigações. quando o saldo é positivo, indica que a empresa possui os meios para quitar seus compromissos imediatos. 
  2. Ativo circulante cíclico: relacionado às atividades diárias da empresa, esse tipo inclui recursos gerados regularmente. exemplos abrangem adiantamentos a fornecedores, mercadorias, contas a receber e pagamentos relacionados ao estoque. 
  3. Ativo circulante operacional: este tipo envolve processos essenciais que podem ser rapidamente convertidos em dinheiro, como contas a receber ligadas ao estoque e duplicatas.

Qual as diferenças entre ativo fixo e circulante

AspectoAtivo CirculanteAtivo Fixo
ExemplosEstoque, contas a receber, caixaPropriedades, máquinas, veículos
ObjetivoCobrir despesas imediatasSustentar as operações de longo prazo
Tempo de UtilizaçãoUtilizado em um curto períodoUtilizado ao longo de vários anos
CálculosValor total do estoque + Contas a receberValor – (Depreciação acumulada + Perdas de valor)
Impacto FinanceiroImpacta fluxo de caixa imediatamenteNão afeta fluxo de caixa imediatamente
ValorizaçãoGeralmente mantém seu valorPode depreciar com o tempo
Ciclo de VidaCurto prazoLongo prazo
Conversão em DinheiroConversão rápida em dinheiroConversão demorada e gradual
NaturezaBens e direitos de curto prazoBens de longa duração e permanência
ManutençãoControle constante para otimizar conversão em dinheiroManutenção regular para prolongar vida útil
Relacionado aNecessidades operacionais imediatasInvestimentos, capacidade produtiva
LiquidezMais líquidoMenos líquido
Exigência LegalRequerido para demonstrações financeirasGeralmente não exigido por regulamentos
Decisões EstratégicasGestão de fluxo de caixa e liquidezInvestimentos em crescimento e expansão

Porque as empresas devem fazer o controle patrimonial?

Fazer o controle patrimonial é importante para as empresas para manter um controle financeiro eficiente, rever seus investimentos, garantir a conformidade fiscal na hora de declarar o imposto de renda, além de prezar pela organização de todos os bens do negócio.

  1. Gestão financeira eficiente: o controle patrimonial permite que as empresas tenham uma visão clara de seus ativos e passivos, isso facilita a gestão financeira, pois os gestores podem identificar com precisão os recursos disponíveis, planejar investimentos e otimizar o uso de seus ativos.
  2. Tomada de decisões estratégicas: ter um registro preciso e atualizado de ativos ajuda os gestores a tomar decisões estratégicas embasadas em dados reais, eles podem identificar oportunidades de investimento, avaliar a viabilidade de expansão e planejar o ciclo de vida de seus ativos.
  3. Conformidade fiscal: ter o controle patrimonial auxilia no momento de passar os dados necessários para o contador ou responsável contábil fazer a declaração anual dos impostos da empresa.
  4. Prevenção de fraudes e perdas: um controle patrimonial atualizado ajuda a identificar discrepâncias entre os registros contábeis e a realidade, isso pode ajudar a prevenir fraudes internas e externas, bem como a perda de ativos devido a atividades indevidas.
  5. Avaliação adequada do valor da empresa: empresas que têm um controle patrimonial bem estruturado são mais propensas a obter avaliações precisas de seu valor de mercado. Isso é fundamental para negociações de fusões, aquisições, obtenção de financiamento e outras transações comerciais.
  6. Planejamento de manutenção e substituição: o controle patrimonial permite que a empresa identifique ativos que estão se depreciando rapidamente ou exigindo manutenção frequente.
  7. Acesso a recursos financeiros: em muitos casos, as instituições financeiras podem exigir informações detalhadas sobre os ativos de uma empresa ao considerar concessão de empréstimos. um controle patrimonial organizado e transparente ajuda a construir confiança com os credores.

Como fazer o controle patrimonial do seu negócio?

O controle patrimonial pode ser incorporado facilmente à sua gestão empresarial. Aqui, temos uma planilha para te ajudar a fazer o seu controle patrimonial de forma prática. 

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Redator vhsys

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