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TED ou DOC: qual a diferença e qual usar?

Tempo de Leitura: 6 minutos
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TED ou DOC são meios de pagamentos tradicionais no Brasil, muito utilizados ao longo de décadas para facilitar transferências bancárias. 

Enquanto o TED existe desde 2002 quando foi criado pelo Banco Central do Brasil, o DOC é uma opção de transferência que existe desde 1985, mas teve seu fim em 2024. Ambas as opções de transferência são muito utilizadas principalmente no meio profissional.

Para responder todas as perguntas sobre TED e DOC, como utilizar nos negócios, quais as melhores práticas e qual vale a pena usar, preparamos este artigo com todas as respostas atualizadas.

O que significa TED ou DOC?

A Transferência Eletrônica Disponível (TED) e o Documento de Ordem de Crédito (DOC) são métodos tradicionais, porém distintos, de transferir dinheiro entre contas bancárias.

TED e DOC são termos que fazem parte do vocabulário financeiro brasileiro há décadas. O TED é uma opção mais ágil que o DOC, pois permite a transferência de grandes quantias em tempo real, caso a transferência seja feita em dias úteis de 6h30 às 16h59. 

Em contrapartida, o DOC tem um prazo de compensação mais longo, geralmente concluído após dois dais úteis. Devido ao tempo de espera, o DOC era comumente mais barato que o TED.

Com a implementação do Pix, meio de transferência instantânea, o DOC caiu em desuso e será descontinuado em 29 de fevereiro de 2024.

O que é TED?

TED significa Transferência Eletrônica Disponível, é um serviço oferecido pelos bancos brasileiros para transferir valores entre contas, seja dentro da mesma instituição ou entre diferentes instituições financeiras.

As transações via TED ocorrem em dias úteis, entre 6h30 e 16h59. Fora desse horário, é possível fazer o agendamento da transferência via TED.

Cada banco define seus próprios limites para as transferências via TED, geralmente superiores aos valores estabelecidos para o antigo DOC.

O serviço pode estar sujeito a tarifas, que variam de acordo com a política de cada instituição financeira.

O TED é amplamente utilizado no meio de pessoas jurídicas (PJ). Empresas e organizações recorrem ao TED para efetuar transferências eletrônicas de valores entre suas contas e as de outras empresas, seja dentro do mesmo banco ou em instituições financeiras diferentes. 

A agilidade e a segurança do TED tornam-no uma opção frequente para transações comerciais no ambiente empresarial, contribuindo para a eficiência nas operações financeiras das pessoas jurídicas.

Quanto custa fazer TED?

O custo de TED varia de acordo com cada instituição financeira, mas geralmente os bancos tradicionais cobram taxas altas para pessoas físicas e, principalmente, jurídicas. Vale buscar instituições financeiras que tenham pacotes mais vantajosos para quem realiza transferências TED com frequência.

Existem taxas como a do Bradesco que custam R$ 12,15 por transferência, e taxas como a da Conta Integrada do ERP vhsys que custa R$ 3,00 por transação.

Como fazer um TED?

Fazer um TED é um processo simples, e geralmente pode ser realizado através de diferentes canais oferecidos pelo seu banco. 

Aqui estão os passos básicos para fazer uma TED:

  1. Acesse sua conta pelo internet banking, caixa eletrônico ou aplicativo.
  2. Escolha a opção “Transferência Eletrônica Disponível” (TED).
  3. Preencha os dados: valor, CPF/CNPJ do destinatário, nome do banco, agência e conta.
  4. Confira os dados e insira eventuais chaves de segurança.
  5. Confirme a transação.

Lembrando que o processo pode variar entre os bancos, mas esses passos básicos geralmente se aplicam. Se precisar de ajuda, entre em contato com o serviço de atendimento do seu banco.

O que é DOC?

DOC significa Documento de Crédito, era um instrumento bancário que permitia a transferência de valores entre contas de pessoas físicas e jurídicas, tanto dentro de uma mesma instituição financeira quanto entre instituições diferentes. O DOC foi descontinuado em 29 de fevereiro de 2024.

A principal característica do DOC era sua compensação, que podia levar até um dia útil para ser concluída, diferenciando-se da agilidade proporcionada por métodos mais modernos, como a Transferência Eletrônica Disponível (TED) e o Pix.

Para efetuar um DOC, o usuário precisava acessar os canais bancários, preencher as informações necessárias, como valor da transferência, agência e conta do destinatário, e aguardar o prazo de compensação. 

O DOC vai acabar?

O método de transferência bancária DOC será descontinuado oficialmente em 29 de fevereiro de 2024 pelo Banco Central do Brasil e a função ficará indisponível permanentemente em todos os bancos.

A descontinuidade do DOC foi estabelecida com as instituições bancárias autorizadas a disponibilizar o serviço até as 22h até 15 de janeiro de 2024. O limite máximo para o agendamento de um DOC é 29 de fevereiro, marcando o encerramento definitivo do sistema.

O fim do DOC reflete uma tendência na busca por métodos mais rápidos e acessíveis. Enquanto o DOC se despede do cenário financeiro, alternativas como a TED e o Pix se destacam, oferecendo transações eletrônicas mais eficientes e alinhadas às necessidades de empreendedores e pessoas físicas.

Qual a diferença entre TED e DOC?

A Transferência Eletrônica Disponível (TED) e o Documento de Crédito (DOC) são dois métodos de transferência de valores entre contas bancárias no Brasil. 

A principal diferença entre TED e DOC está no tempo que a transferência levava para cair na conta bancária do destinatário. As transferências via TED são concluídas no mesmo dia em que são realizadas, geralmente em poucas horas quando feitas em dias úteis entre 6h e 16h59. Já o DOC levava entre um e dois dias úteis para ser compensado, muito parecido com o boleto bancário

Devido a burocracia e o tempo de liquidação, o DOC foi descontinuado em 2024 já que existem opções mais ágeis, como o TED e Pix.

Qual a diferença entre TED e Pix?

O Pix é gratuito para pessoas físicas e cai instantaneamente na conta do destinatário, enquanto o TED geralmente tem tarifas e é feito apenas em dias úteis entre 6h e 16h59h. 

Porém, o Pix possui um limite de valor de R$ 1 mil para transações e pagamentos realizados entre 20h e 6h todos os dias, mesmo que o valor seja dividido em várias partes. A medida foi adotada pelo Banco Central por questões de segurança. 

Como usar o Pix como PJ?

A alternativa mais segura para empresas é utilizar o Pix Cobrança. Essa modalidade oferece maior controle sobre as transações e reduz os riscos associados a golpes.

Embora seja possível realizar Pix de forma avulsa, apenas fornecendo a chave Pix, essa prática é informal e pode envolver riscos, pois o vendedor precisa verificar comprovantes de pagamento para cada transação.

O Pix Cobrança é uma funcionalidade que permite que empresas gerem QR codes ou Pix Copia e Cola diretamente aos clientes, inserindo informações detalhadas sobre a transação, como valor, vencimento e descrição, ou seja, o cliente não precisa digitar nada, apenas efetuar o pagamento.

Quando o Pix Cobrança é utilizado integrado em um sistema ERP ou PDV, o próprio sistema já informa que o pagamento foi recebido e libera o pedido na frente de caixa ou no e-commerce.

Um exemplo de sistema de gestão com Pix Cobrança é o ERP vhsys, que disponibiliza a Conta Integrada para seus clientes agilizarem suas cobranças com segurança e economia. 

O Pix para contas empresariais geralmente possui uma taxa, mas que costuma ser menor do que o custo para fazer transferências TED, por exemplo. Porém, utilizar o Pix como método de pagamento é uma estratégia inegável no dia a dia do empreendedor brasileiro, já que o Pix é um meio de transferência extremamente consolidado.

Em três anos de existência, o Banco Central informou que são ao menos 155,8 milhões de usuários utilizam o Pix. Os dados são de outubro de 2023. 

TED ou Pix: qual escolher?

A escolha entre realizar transferências bancárias por meio de TED ou Pix no âmbito empresarial é uma decisão estratégica que deve levar em consideração diversos fatores: tempo, velocidade, custos, limites de transação, recursos adicionais e a adoção no mercado.

No que diz respeito à velocidade das transações, o Pix se destaca pela sua instantaneidade, possibilitando transferências a qualquer hora do dia, incluindo finais de semana e feriados. 

Em contrapartida, o TED, embora seja ágil, pode demandar algumas horas ou, em casos específicos, até o próximo dia útil para a conclusão da transferência. Portanto, se a empresa demanda agilidade e flexibilidade no timing das transações, o Pix pode ser a escolha mais vantajosa.

No aspecto de custos, geralmente o Pix apresenta-se como uma opção mais econômica, especialmente para transações de valores menores. As tarifas de TED podem variar entre instituições financeiras, e algumas oferecem TEDs com custos reduzidos como parte de pacotes empresariais. Empresas que buscam otimizar seus custos operacionais podem encontrar no Pix uma alternativa atrativa também.

Quanto aos recursos adicionais, o Pix apresenta uma gama mais ampla de funcionalidades. Com recursos como o Pix Agendado e Pix por QR Code, as empresas têm à disposição ferramentas que proporcionam flexibilidade e conveniência. O TED, sendo mais direto, não oferece a mesma variedade de recursos, o que pode ser um ponto de consideração para empresas que buscam soluções mais versáteis.

No contexto da adoção no mercado, o Pix tem conquistado ampla aceitação e é incentivado pelo Banco Central do Brasil como uma alternativa moderna e eficiente. Sua crescente popularidade o torna uma escolha alinhada às tendências do setor financeiro. Enquanto isso, o TED, embora continue sendo uma opção válida, pode estar sujeito a tarifas e pode não oferecer a mesma agilidade que o Pix.

TED ou DOC: qual a diferença e qual usar?
Keila Boganika

Graduada em Comunicação Institucional pela UFPR e pós-graduada em Marketing Digital, já passou por agências, e-commerce e empresas SaaS. Entusiasta a estudar sobre negócios e tecnologia, produz conteúdo para empreendedores e gestores que desejam aprender mais sobre como organizar, automatizar e ampliar a operação das suas empresas.

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